Rua Joinville


Extensão: 510 metros
Bairro: Bom Jesus, dos Municípios
Lei 20/1967

No ano de 1967, já se percebiam algumas leis e atitudes tomadas no sentido de organizar a cidade, em franco crescimento. A lei nº 20/1967 é uma prova disso. Nomeava 67 ruas, em diversos loteamentos espalhados pela cidade. Destas ruas, agrupadas nos referidos loteamentos, 9 receberam nomes indígenas, 15 nomes de países, 10 nomes de estados brasileiros, 7 capitais de estados brasileiros, 24 municípios de Santa Catarina, além de 2 nomes próprios de destacados cidadãos caçadorenses.


As ruas denominadas por esta lei que receberam nomes de municípios catarinenses são Araranguá, Biguaçu, Blumenau, Brusque, Camboriú, Concórdia, Criciúma, Florianópolis, Gaspar, Ibirama, Imaruí, Indaial, Itá, Itaiópolis, Itajaí, Itapiranga, Joinville, Laguna, Mafra, Orleães, Palhoça, Tijucas, Tubarão e Urussanga. Destas, as Ruas Gaspar e Indaial não constam no quadro de ruas de Caçador.


Joinville é o mais populoso município do estado de Santa Catarina, sendo um dos dois casos no Brasil em que a maior cidade não é a capital. O estado do Espírito Santo também tem esta característica. Localiza-se a cerca de 330 quilômetros de Caçador, no nordeste do estado. A cidade ostenta vários epítetos, dentre eles "Manchester Catarinense", "Cidade das Flores", "Cidade dos Príncipes", "Cidade das Bicicletas" e "Cidade da Dança". É ainda, conhecida por sediar o Festival de Dança de Joinville e a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.

No dia 1º de maio de 1843, a princesa Dona Francisca Carolina, filha de Dom Pedro I, casou-se com o terceiro filho do Rei da França, Luís Felipe I, que tinha o título de “príncipe de Joinville”, François Ferdinand. A princesa recebeu como dote de casamento um pedaço de terra próximo à colônia de São Francisco, hoje a cidade de São Francisco do Sul. Ressalte-se que o desejo da coroa francesa era que estas terras fossem na região norte do Brasil, próximas à Guiana Francesa, o que acabou não acontecendo.

No entanto, em 1848, o rei da França foi destronado e seu filho François se refugiou na Inglaterra. Ao começar a sofrer dificuldades financeiras, vendeu parte do território ao então dono da Sociedade Colonizadora Hamburguesa, o senador alemão Christian Mathias Schroeder, oito das 25 léguas recebidas como dote. O senador lançou, então, um projeto de povoação de parte desse território. Em 1852 foi decidido que a incipiente colônia, predominantemente alemã, seria batizada em homenagem ao príncipe, com o nome de Joinville.

Uma residência de verão foi construída para abrigar o príncipe e a princesa de Joinville, com um caminho de palmeiras em frente à casa. Entretanto, nenhum dos dois chegou a conhecer a cidade. A casa que foi construída para os príncipes atualmente é o "Museu Nacional de Imigração e Colonização – Palácio dos Príncipes de Joinville", e a via à sua frente tornou-se a Rua das Palmeiras, hoje ponto turístico da cidade.

Entre as décadas de 1950 e 1980, a cidade tornou-se essencialmente industrial, ficando conhecida como "Manchester Catarinense", como referência e comparação à pujante cidade inglesa.

Na cultura, diversos eventos tradicionalmente ocorrem em Joinville. A “Festa das Flores” ocorre anualmente desde 1939. Vários museus e, especialmente o “Festival de Dança de Joinville”, que ocorre desde 1983 e é considerado o maior evento do gênero do mundo.