Rua Juruna


Extensão: 100 metros
Bairro: Bom Sucesso
Lei 1724/2002


Em 2002, mais uma das iniciativas de organização de áreas da cidade foi tomada, nominando ruas dos loteamentos Irmãos Cordeiro e Vila João Corrêa de Mello, no bairro Bom Sucesso.

Foram denominadas 14 ruas destes loteamentos, todas próximas umas das outras, com nomes de tribos indígenas brasileiras. A justificativa para a escolha do nome destas ruas foi a de que, 500 anos após o descobrimento, estas nações indígenas ainda sobrevivem. São elas: Avá-Canoeiro, Bororos, Caeté, Caiapós, Carijó, Goitacá, Ianomâmi, Juruna, Pataxó, Potiguar, Tamoio, Tremembé, Tupiniquim e Xavantes.

Os Jurunas são um grupo de índios que se localizam no estado brasileiro do Mato Grosso, mais precisamente no norte do Parque Indígena do Xingu, bem como junto ao baixo rio Xingu, no Pará, na Terra Indígena Paquiçamba.

O nome Juruna significa, em Tupi-Guarani, “bocas pretas”, porque a tatuagem características desses índios era uma linha que descia da raiz dos cabelos e circundava a boca. Na metade do século XIX tinham uma população estimada em 2.000 índios, que viviam no baixo rio Xingu. Um grupo migrou mais para o alto do rio, hoje em território compreendido pelo Parque do Xingu (MT).

Segundo levantamento de médicos da Escola Paulista de Medicina, que prestam serviços de saúde aos índios do parque, em 1990 eram 132 pessoas. Alguns Juruna vivem dispersos na margem direita do médio e baixo rio Xingu, e há um grupo de 22 índios, segundo dados da Funai de 1990, que vive na Volta Grande do rio Xingu, numa pequena área indígena chamada Paquiçamba, no município de Senador José Porfírio, no sudeste do Pará.

Obtiveram grande destaque nacional com Mário Juruna, uma liderança indígena que, a partir da década de 1970, lutava, junto à FUNAI, pela demarcação de terras indígenas, em 1982 foi eleito como deputado federal, pelo estado do Rio de Janeiro, com mais de 31 mil votos. Sua eleição teve uma grande repercussão no país e no mundo. Em 1984, denunciou o empresário Calim Eid por tentar suborná-lo para votar em Paulo Maluf, candidato dos militares à presidência da república no colégio eleitoral. Juruna acabou votando em Tancredo Neves, candidato da oposição democrática.