Extensão: 680 metros
Bairro: Gioppo
Lei 2017/2003
Júlia Gioppo Carneiro, filha
do pioneiro José Gioppo e de Margarida Carreta Gioppo, nasceu em “Porto União
da Vitória” – PR, em 03 de outubro de 1911. Veio para Caçador, acompanhando sua
família, em 12 de fevereiro de 1919, quando a Vila de Rio Caçador tinha apenas
duas casas, de propriedade de Vergílio Formigheri e Martinho Inácio Trindade,
além da estação ferroviária.
Seu
pai, José Gioppo, comprou dos fazendeiros, José e João de Paula Carneiro, 22
alqueires onde hoje se situa o Bairro Gioppo.
Júlia, que tinha iniciado seus
estudos no Porto, no Colégio Santos Anjos, teve que interrompê-los de 1919 até
final do ano de 1921, pela absoluta ausência de escolas em Caçador. Em 1922,
com a criação de uma unidade escolar funcionando em frente ao que seria a Praça
Nossa Senhora Aparecida, nesse ano do centenário da Independência do Brasil,
reiniciou seus estudos, tendo como educador o célebre Professor Marcírio da
Cruz Maia.
A partir de seu casamento com
Fermiano Paes Carneiro, em 1931, foram morar na fazenda, em São João de Cima,
onde residiram por oito anos, retornando depois para Caçador. Tiveram 13
filhos: Margarida, Salomão, José, Umbelina, Antonio, Julieta, Maria, Amélia,
João Pedro, Fermiano Júnior, Célio, Clara e Clélia.
Júlia teve uma vida intensa,
dedicada à família e à sua comunidade do Bairro Gioppo Viveu com muita verdade
sua fé católica, tanto da capela do bairro, quanto da catedral, de onde jamais
arredou o pé.
Júlia Gioppo Carneiro faleceu
em 11 de agosto de 2000, aos 88 anos de idade e está sepultada no Cemitério
Municipal de Caçador.
A rua, que já fora denominada
de “Rua Iara” através da lei 20/1967, foi alterada por esta lei para “Rua Júlia
Gioppo Carneiro”, indubitavelmente mais do que merecedora desta singela forma
de reconhecimento de seus préstimos à cidade e à comunidade caçadorense.
A Rua Iara não homenageava
ninguém em particular, pois o nome designa uma das lendas tupis de uma sereia
que habitava o rio Amazonas. Foi dado este nome ao ter sido feita uma
“padronização” de nomes de vias naquela região todas com nomes indígenas. De qualquer forma, uma alteração do contexto
em que estas ruas estão inseridas.
Recordamos que a denominação
anterior – Rua Iara – era uma referência a diversos nomes indígenas dados pela
lei nº 20/1967, que denominava ruas no bairro Gioppo com os nomes de Moema,
Iracema, Bartira, Jandira e Iara.